segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Kama Sutra

Todo mundo sabe o que é e do que se trata, mas e a história dele?



Com sua origem na Índia, ele atravessou a história da humanidade como símbolo de paixão, luxúria e se mantém tal qual era no início de nossos dias.
No entanto, o Kama Sutra é muito mais do que um compêndio de práticas eróticas...


UM TRATADO SOBRE TÉCNICAS PARA O AMOR


Pouco se sabe dos dados formais relacionados ao Kama Sutra: apenas que foi escrito na Índia pelo sábio Mallanaga Vatsyayana, entre os séculos III e V [???], e traduzido pela primeira vez do sânscrito para o inglês em 1883, utilizando diferentes versões que estavam circulando. Depois vieram inúmeras traduções e diversos formatos, para todos os idiomas e todos os cantos do mundo.

O nome provém de kama (consciência do gozo por meio dos cinco sentidos, da mente e da alma) e sutra (ensinamento). Combina os mecanismos sexuais taoístas dos livros de cabeceira chineses com os métodos de A arte de amar, do poeta romano Ovídio (43 a.C- 17d.C). Vatsyayana diferencia a paixão do amor e esclarece constantemente que essas regras não se aplicam aos apaixonados, que têm apenas que se deixar guiar por seus instintos.

O livro tem sete partes, com cerca de mil e duzentos versículos, nos quais o autor reuniu a tradição erótica hindu que já existia no século 1a.C. A segunda parte trata sobre sexo e explica as 64 artes que homens e mulheres devem dominar para se satisfazerem, com uma enorme enumeração de posições sexuais (+/- 500), beijos, abraços, arranhões e mordidas.

Com imagens surpreendentes, pelo menos para o leitor ocidental, já que o livro era dado como presente de casamento nos matrimônios hindus tradicionais, eram luxuosamente encadernados e tinha a função de ajudar o casal a consumar o matrimônio prazerosamente.

"Não há maneira mais eficaz de aumentar a paixão do que aquela que é realizada com unhas e dentes."
(Mallanaga Vatsyayana, autor do Kama Sutra)


No Kama Sutra há muitas regras e classificações. Ele enumera, por exemplo, nove maneiras de mover o lingam (pênis) dentro da yoni (vagina), oito variantes de sexo oral, oito categorias de arranhões e oito de mordidas, quatro tipos de abraço suave, quatro de abraços apaixonados e três de beijos. As posições são decididamente acrobáticas e o sexo é comparado a uma batalha, na qual podem ser executados vários golpes em diferentes partes do corpo.

O livro dá muito valor a importância do tamanho dos genitais:
De acordo com seu lingam, o homem é classificado em lebre, touro ou cavalo.
A capacidade da yoni de uma mulher a onverte em cerva, égua ou elefanta.

O Kama Sutra não se ocupa apenas das práticas eróticas, mas também da relação mais profunda entre homens e mulheres em sua totalidade. É um tratado para lhes ensinar o comportamento que devem ter diante do desejo e, cujas indicações deverão seguir para conseguir uma vida amorosa plena e feliz. De fato, para o hinduísmo, o sexo e gozo são tão necessários quanto os alimentos para o bem-estar do corpo. Os abraços dos amantes então, são o prazer supremo, e o amor insatisfeito, um abismo de sofrimento.

Para aprender esse saber maravilhoso e chegarem a paz interior, o homem e a mulher devem conhecer e cultivar os “três saberes” ou a “tríade” (as regras da vida que foram fixadas pelo Senhor dos Seres quando criou os homens).
Estes são:
Dharma -“Lei Sagrada” - são as leis relacionadas com a vida religiosa, o cumprimento das normas rituais, o respeito dos direitos e dos deveres da casta (classe social) na qual nasce;
Artha – “O Útil” – se refere às aquisições materiais –propriedades, terras, jóias e dinheiro. Se o soberano está bem, numa situação cômoda, seus súditos também estarão (Índia, neh =/);
Kama – “O Amor” – expressa o desejo erótico, o prazer. Tem a ver basicamente com amor e sexualidade.

Os homens e mulheres experientes nessas artes não terão problemas com a sociedade, serão bem apreciados pelos demais e recebidos em qualquer parte. Também serão excelentes companheiros sexuais e serão muito procurados por suas habilidades especiais. Particularmente as mulheres que estudaram as artes recebem o nome de Ganika (mulher de alta qualidade) e têm um posto de honra na sociedade.

Apesar de naquele tempo (e até hoje) a mulher ser tratada como ser inferior, um mero prolongamento do marido e feita somente para gerar rebentos, essa cultura paradoxal revela que, no âmbito erótico, a mulher desfrutava de paridade com o homem, podendo de certa maneira, reivindicar seus direitos na hora da cópula (sexo democrático).

Vatsyayana escreve no final da obra:

“Este tratado não foi feito para servir de simples instrumento para satisfazer nossos desejos. Uma pessoa que possua os autênticos princípios desta ciência, cultive cuidadosamente seu Dharma, seu Artha e seu Kama, e leve em consideração as práticas do povo, pode ter a segurança de dominar seus sentidos.”

3 comentários:

Unknown disse...

otima analise, otimo post... o kama-sutra realmente é um classico, poucos sabem seu real valor

²)mUsHrOoM(² disse...

opa
mto bom post talita!!!
adoro o kama sutra!
é mto interessante e instigante,
bjumeliga!

Anônimo disse...

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